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SEMIÓTICA

A semiótica e a estética foram o embrião da pesquisa do meu Trabalho de Conclusão de Curso. Quis, portanto, trazer para este eixo, de uma forma bem simples e resumida, o que abrange o processo de semiose pois assim podemos entender como processamos o que existe no ambiente urbano e como o experienciamos.

LÓGICA

Para Peirce, nossa ideia de qualquer coisa é nossa ideia de seus efeitos sensíveis, ou seja, daquilo que aparece, da fenomenologia. Então o sensível, não se torna o contrário do lógico, é por meio dele que chegamos à lógica.

PERCEPTO

Vetor da percepção que engloba nossos cinco sentidos. Esse percepto é transformado na nossa mente por um juízo, que é o primeiro julgamento que fazemos e, esse é o ponto de partida para todo pensamento crítico.

REPERTÓRIO

Peirce fala também de repertório, que afeta a recepção dos perceptos, selecionando-os e permitindo a comunicação deles com as ideias, que são nossas memórias e juízos prévios. Então nós deixamos de perceber aquilo para cuja interpretação não estamos preparados.

HÁBITOS DE SENTIR

Existem também os hábitos de sentir que criamos ao longo da vida, guiam os nossos sentimentos estéticos na hora de avaliar um fato bruto, seja uma obra de arte ou qualquer outra coisa. Quando estamos em um local buscamos determinadas familiaridades e elas acabam gerando sentimentos de acordo com esses hábitos de sentir, como: beleza, feiura, sublime, grotesco, pitoresco etc.

OBJETO DINÂMICO X OBJETO IMEDIATO

Para Peirce, o objeto dinâmico é inapreensível, nunca será completamente envolvido por uma semiose, não o acessamos como um todo. Só temos acesso a parte que ele aparece para nós, que é o objeto imediato, determinador do signo. Esse objeto imediato pode mudar a cada vez que entramos em contato com ele, podemos perceber signos diferentes pois nosso repertório já mudou.

SEMIÓTICA

Charles S. Peirce é o filósofo considerado o pai da semiótica. Ele diz que todo pensamento é realizado por meio de signos, então a semiótica pode ser considerada a ciência das leis gerais dos signos, a experiência cognitiva rumo à significação das coisas que existem no mundo. Portanto, é pela semiótica que entendemos e processamos o que existe na cena urbana e, consequentemente, como a experienciamos.

SIGNO

Se todo pensamento é realizado por meio de signos, o que são esses signos? Signo é qualquer coisa que, de um lado é determinada por um objeto, ou seja, um fato bruto, (podendo ser imaginário ou do mundo físico) e, de outro, determina uma ideia na mente de uma pessoa, chamada de interpretante do signo.

SEMIOSE

Processo de interpretação de signos que envolve a cooperação de três elementos: o signo, o seu objeto e o seu interpretante. A semiose pode se tornar um processo ilimitado: quando um signo gera um processo de semiose, que gera outro signo e assim em diante.  

Por meio da semiótica é possível analisar os espaços arquitetônicos urbanos enquanto experiências que geram significados condicionados por esses diferentes signos e, assim geram também hábitos, símbolos e modificam e direcionam as condutas humanas nesses espaços.

CIDADE COMO EXPERIÊNCIA

Os filósofos americanos Charles Peirce e John Dewey buscam a origem da experiência estética, assim como explicitar como ela, no comum, pode ser avivada e trazida à tona. Podemos encontrar um elemento estético na experiência comum, algum aspecto que nos retire da temporalidade e da experiência automática, do hábito, e nos transporte para algo singular.

Para Dewey, a importância do mundo construído está em disponibilizar sua riqueza perceptiva e simbólica no dia a dia; são artes invasivas contidas nas cenas urbanas. Essas cenas variam, principalmente, de acordo com seus espectadores, que de meros espectadores não têm nada.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  1. Conteúdo de aula. Matéria “Semiótica da Arquitetura: o espaço arquitetônico como experiência e signo de engendramento de condutas humas”. Prof. Lucia de Souza Dantas

  2. PEIRCE, Charles Sanders. (1931-35 e 1958) The Collected Papers of Charles Sanders Peirce. Edited by Charles Hartshorne, Paul Weiss, and Arthur W. Burks. Cambridge, Massachusetts, Harvard UniversityPress, 1931-35 e 1958. 8 vols. Eletronic Edition. Traduzido por: Lúcia de Souza Dantas.

  3. DEWEY, John. Arte como experiência.  Trad. de Vera Ribeiro. 1. ed.  São Paulo: Martins Fontes, 2012.

  4. Innis, R. (2019). Entre a mão pensante e os olhos da pele: estética pragmatista e arquitetura. Cognitio: Revista de Filosofia, 20(1), 77-90.

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Trabalho de Conclusão de Curso

DAU PUC-Rio

2021.2

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Autoria:

Gabriella Nucara Lourenço de Mello

 

Orientação:

Otavio Leonidio

Contato:

nucara.arq@gmail.com

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